Senado
aprovou projeto, e Ifes também seguirá reserva
A Gazeta
Priscilla Thompson
ppessini@redegazeta.com.br
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A Universidade Federal do
EspÃrito Santo (Ufes) terá que oferecer cotas para negros, pardos e indÃgenas.
A adoção da medida está garantida no projeto de lei que o Senado aprovou na
última terça-feira e que, agora, depende apenas da sanção da presidente Dilma
Rousseff, entusiasta da proposta.
O governo federal fechou acordo
para que o projeto fosse aprovado na Ãntegra pelo Senado para evitar que ele
voltasse à Câmara dos Deputados e atrasasse a aprovação. Agora, a presidente
tem 15 dias para sancionar a lei.
A lei prevê que todas as
universidades e institutos federais do paÃs – incluindo o Instituto Federal do
EspÃrito Santo (Ifes) – reservem 50% das vagas para alunos que tenham feito
todo o ensino médio na rede pública. Desse total, metade será destinada a quem
tem renda familiar de até 1,5 salário mÃnimo por pessoa. E dentro desse
universo de vagas destinadas a estudantes de escolas públicas serão aplicados
os critérios raciais.
Os estudantes que se
autodeclararem negros, pardos ou indÃgenas terão cotas proporcionais ao
percentual desses grupos na população, segundo o Censo 2010 do Instituto
Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE) no Estado. No EspÃrito Santo,
negros e pardos correspondem, respectivamente, a 8,3% e 48,6% da população. Os
indÃgenas representam 0,2%.
As instituições terão quatro
anos, a partir da publicação da lei, para implantar o sistema por completo. Até
lá, devem aplicar pelo menos 25% da reserva prevista a cada ano.
foto: Arte A Gazeta
Mudanças
Atualmente, a Ufes reserva de 40%
a 45% das vagas nos cursos para alunos que estudaram todo o ensino médio e pelo
menos quatro anos do ensino fundamental para alunos da rede pública. Além
disso, é preciso que ele tenha renda familiar de até sete salários mÃnimos. No
Ifes, 50% das vagas são reservadas aos alunos que estudaram todo o ensino médio
e pelo menos dois anos do fundamental em escola pública.
Das 59 universidades federais do
paÃs, pelo menos 36 já adotam algum tipo de reserva de vagas. Dessas, 25 têm
algum tipo de cotas raciais, agregadas ou não a critérios de escolaridade ou
renda.
Regulamentação
Regulamentação
Segundo a senadora Ana Rita
(PT-ES), que foi relatora do projeto na Comissão de Constituição e Justiça do
Senado, a lei deverá ser regulamentada pela presidente ou pelas próprias
universidades, já que não está claro qual critério – racial ou de renda – será
prioritário para o preenchimento dos 50% de vagas destinadas aos alunos da rede
pública.
“O projeto é um avanço para o
paÃs. Não se trata de privilegiar a população negra, mas de fazer justiça
social, de reparar as injustiças sofridas por essa população”, diz a senadora.
Segundo ela, o projeto ficou quase dez anos tramitando na Câmara e três no
Senado.
A proposta foi aprovada com um
artigo que prevê a adoção de um critério de seleção para ingresso nas
instituições com base no nas notas do aluno no ensino médio. Mas o acordo
fechado entre senadores e o governo prevê que a presidente Dilma vete esse
artigo.
52.190 cotistas
É o número de alunos nessa situação no paÃs. As 59 instituições federais têm, ao todo, 244.263 estudantes.
É o número de alunos nessa situação no paÃs. As 59 instituições federais têm, ao todo, 244.263 estudantes.
122.131 com nova medida
É a quantidade de vagas que serão destinadas a cotistas quando a nova medida entrar em vigor, um aumento de 122%.
É a quantidade de vagas que serão destinadas a cotistas quando a nova medida entrar em vigor, um aumento de 122%.
Fonte:
http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/08/noticias/a_gazeta/dia_a_dia/1339102-universidade-vai-ter-que-adotar-cota-racial.html
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