VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO CONTEXTO DE DOMINGOS MARTINS
A
violência contra a mulher é um fato real em nosso país, apesar de
termos avançado nos últimos anos em relação à questão da redução da
violência de gênero, ela continua alta e precisa de Políticas Públicas
mais enérgicas para combatê-la. As mulheres brasileiras persistem na
cultura de não registrar Boletim de Ocorrência contra seu agressor que
geralmente é o seu marido e/ou companheiro. Estudos indicam que em
cada cinco mulheres que são agredidas apenas uma formaliza a denúncia.
Sendo a violência contra a
mulher um problema nacional, o nosso Município também faz parte deste
contexto. Temos registrado na Delegacia de Polícia Civil vinte e cinco
casos (25) no período compreendido de 01/01/2011 a 06/08/2011 e a
motivação da maioria dos casos é o alcoolismo. Também sabemos que
grande parte das agressões não é registrada e a estimativa é de que em
cada cinco agressões apenas uma é registrada. Estudos indicam os
fatores que levam as mulheres a não denunciarem seus agressores.
•
Receio de como será atendida já que o Município não possui Delegacia
Especializada e nem se quer um profissional que tenha essa
especialização;
• Medo que as mulheres agredidas possuem de não conseguir manter o sustento próprio e dos filhos;
• Medo de não ser ouvida e de como será recebida pelo profissional responsável pelo acolhimento;
• De ser responsabilizada pelo fim do relacionamento;
• Pelas atitudes a serem tomadas às vezes serem morosas, permitem em alguns casos, que o agressor cometa o homicídio.
Em relação ao homicídio
temos registrado em 2009 um caso em que o agressor foi enquadrado na
Lei Maria da Pena, mas ao conseguir o Alvará de soltura cometer o
crime.
Sendo que este caso a denúncia partiu da filha adolescente do casal, após não suportar mais o sofrimento da mãe.
Sendo que este caso a denúncia partiu da filha adolescente do casal, após não suportar mais o sofrimento da mãe.
Em setembro/2011 tivemos um
caso inverso, após denunciar o companheiro por violência doméstica e o
mesmo ser solto e continuar a ameaçando, uma jovem de 19 anos acabou
por cometer homicídio.
Em nosso Município há um
índice bem relevante de crianças e adolescentes que sofrem abuso
sexual perfazendo um total de 13 casos de abril/2009 a abril/2011,
conforme dados colhidos no Conselho Tutelar, sendo que estes crimes
numa porcentagem bem considerada são cometidos pelos familiares e as
motivações são: Separação dos pais, alcoolismo e uso de drogas
ilícitas.
Os instrumentos para coibir à violência contra os agressores a serem implementados e consolidados pelo Poder Público são:
• Projetos de Leis mais agressivos contra os agressores e cumprimento das mesmas; bem como a ideal utilização dos mesmos;
• Delegacias equipadas e profissionais especializados tanto no âmbito das Polícias e quanto da saúde;
•
Publicidade como a publicada pela Secretária Especializada de
Políticas para as mulheres em 2005, “Sua vida recomeça, quando a
violência termina”.REFERÊNCIA
Caderno de Violência Doméstica e Sexual Contra a Mulher. Secretaria da Saúde. Mulheres em situação de violência doméstica e sexual: orientações gerais. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde - CODEPPS. São Paulo: SMS, 2007.
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